Óscares


É já esta noite de domingo que ficaremos a conhecer os vencedores dos Óscares, os mais mediáticos e cobiçados galardões do cinema, no culminar desta temporada de prémios.

À cabeça das nomeações, com 13 (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actor...), O
ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON, de David Fincher, uma «imensa e fascinante parábola sobre a América do século XX.» (João Lopes, DN); com 10 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora...), SLUMDOG MILLIONAIRE/QUEM QUER SER BILIONÁRIO ?, de Danny Boyle, o fenómeno cinematográfico do momento, e que «nesta temporada de prémios foi o melhor filme para nove júris (fora festivais), entre os quais os do Globo de Ouro e os BAFTA»; com 8 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actor Principal, Actor Secundário...), MILK, de Gus Van Sant, a América dos seventies (e a América de hoje), através da biografia de Harvey Milk; com 5 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actriz...), O LEITOR/THE READER, de Stephen Daldry, «uma história que abalou o mundo»; com 1 Nomeação, a de Melhor Actriz para a brilhante Anne Hathaway, O CASAMENTO DE RACHEL/RACHEL GETTING MARRIED, de Jonathan Demme, «uma das proezas mais ousadas e fascinantes do recente cinema americano» (João Lopes, DN); com 1 Nomeação, a de Melhor Actriz Secundária para Penélope Cruz (que já venceu nos BAFTA), VICKY CRISTINA BARCELONA, , de Woody Allen, um «filme brilhante» (MCF, Expresso), Globo de Ouro para Melhor Filme Comédia.


O LEITOR / THE READER > Stephen Daldry
com Kate Winslet, Ralph Fiennes, Lena Olin, David Cross
5 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actriz...)
GLOBO DE OURO Melhor Actriz Kate Winslet
BAFTA Melhor Actriz Kate Winslet

Esta é uma história que abalou o mundo. Publicado em 1995, o romance O Leitor, de Bernhard Schlink, relançou algumas perturbantes questões sobre a II Guerra Mundial, o extermínio dos judeus pelos nazis e a memória colectiva da Alemanha. Ao abordar a paixão de Hanna Schmitz, que foi guarda do campo de concentração de Auschwitz, e Michael Berg, um jovem estudante de Direito, Schlink propõe um dramático ziguezague temporal: entre a década de 50 e os últimos anos do século XX, são os traumas da história da Alemanha (e da Europa) que regressam através de uma intriga que tem também dimensão de tragédia amorosa.
A adaptação cinematográfica, dirigida por Stephen Daldry (realizador de Billy Elliot e As Horas) prolonga o efeito do livro (que, aliás, se tornou referência obrigatória dos estudos universitários sobre o Holocausto).
João Lopes, Diário de Notícias




O CASAMENTO DE RACHEL / RACHEL GETTING MARRIED - Brevemente

> Jonathan Demme
com Anne Hathaway, Debra Winger
FESTIVAL DE VENEZA 2008 > Selecção Oficial em Competição
Anne Hathaway Nomeada para o Oscar de Melhor Actriz


Retomando a dimensão mais experimental do seu trabalho, Jonathan Demme faz agora um filme que, sem vernizes revivalistas, se assume como um herdeiro directo das revoluções formais e técnicas do grande cinema americano dos anos 50/60, em particular o que se desenvolveu na comunidade novaiorquina, com John Cassavetes (1929-1989) como fundamental símbolo aglutinador. Trata-se de filmar as convulsões internas de uma família marcada pela tensão que se desenha (e regressa, ciclicamente) entre duas irmãs, Rachel (Rosemarie DeWitt) e Kym (Anne Hathaway): o casamento da primeira e a visita da segunda (a viver um prolongado e doloroso processo de desintoxicação) instalam um misto de euforia e angústia que leva todas as personagens a questionar as certezas que, tantas vezes, nem que seja por indiferença afectiva, dão como adquiridas. À maneira de vários títulos de Cassavetes (lembremos apenas o genial Faces, de 1968), Jonathan Demme cria um dispositivo em que o efeito de "reportagem" das câmaras vai a par de uma vibração dos actores capaz de gerar a sensação ambígua, sempre muito comovente, de assistirmos à vida "em estado nascente". E o paradoxo é este: recuperando modelos com várias décadas, O Casamento de Rachel é uma das proezas mais ousadas e fascinantes do recente cinema americano.
João Lopes, Diário de Notícias





Jonatham Demme talvez seja uma das personagens mais singulares do cinema americano. [...] O Casamento de Rachel une, de uma forma perfeita, os dois géneros, ficção e documentário, tanto naquilo que conta como na forma como o faz. Isto é, trata-se de uma abordagem realista dos acontecimentos ficcionados, tratada como se fosse uma reportagem real.

Manuel Cintra Ferreira, Expresso


A frescura, a verdade, o experimentalismo [...] o que está no écran é miraculosamente intenso.

Jorge Leitão Ramos Expresso





QUEM QUER SER BILIONÁRIO ? / SLUMDOG MILLIONAIRE> Danny Boyle
com Dev Patel, Anil Kapoor, Freida Pinto
10 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original...)
4 GLOBOS DE OURO (Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original)
Directors Guild of America > Prémio Melhor Realizador
Writers Guild of America > Prémio Melhor Argumento Adaptado
7 BAFTAS (Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original...)

Qual é a principal motivação de Jamal? À medida que avança no jogo [Quem Quer Ser Milionário ?], verificamos que o miúdo não aspira ao prémio em dinheiro, mas antes porque acredita que Latika, com quem perdeu o contacto há uns anos, poderá estar a assistir ao concurso. O filme resume-se a uma bela história de amor adolescente e o seu mérito está em transpor com tanta emoção uma trama tão simples e singela. A câmara movimenta-se em todos os ângulos, mostrando-nos igualmente uma Índia multifacetada e desconhecida de milhões de espectadores. A banda sonora de A.R. Rahman é simplesmente deliciosa, colando-se com exactidão a cada uma das cenas e criando ambientes musicais adequados às situações. […] Talvez […] Quem Quer Ser Bilionário ? seja o melhor filme de Boyle, o melhor filme do ano e um excelente remédio contra a crise.
José Vieira Mendes, Première

Uma fábula moderna, com uma crença inabalável de que, por mais negra que seja a realidade, há sempre uma luz ao fundo do túnel, que torna os sonhos possíveis para quem não desistir de lutar por eles.
Luís Salvado, Time Out




MILK > Gus Van Sant
com Sean Penn, Josh Brolin
8 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actor, Argumento...)

Este retrato de Harvey (Milk) tem o valor de um testemunho sobre um pedaço da história da América. Ou seja, tal como se passa também com o retrato de Bob Dylan feito por Todd Haynes em “I’m Not There”, o que temos em “Milk” é a biografia não de uma vida mas de um tempo. [...] Mais próximo de um sentido de justiça social e alheio às malhas do poder, Harvey tem o dom da palavra e a capacidade de arrastar multidões à sua volta. Gus van Sant dá-nos a visão de um homem que, sem ser especialmente brilhante ou talhado para a política, transforma a sua inocência em mais-valia e a sua diferença sexual minoritária em causa social, cívica e além-fronteiras, até chegar ao êxito merecido.
[...] “Milk” é um triunfo estrondoso a todos os níveis.
Francisco Ferreira, Expresso






O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON / THE CURIOUS CASE OF BENJAMIN BUTTON > David Fincher
com Brad Pitt, Cate Blanchet, Tilda Swinton
13 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actor, Argumento...)

Tudo se passa como se a existência humana fosse, ela própria, uma trajectória sem sentido que a resuma ou harmonize. O mais paradoxal de tudo isto é que Fincher consiga transformar este conto de poético absurdo numa imensa e fascinante parábola sobre a América do século XX. Daí que, no papel de Button, o extraordinário Brad Pitt seja uma marioneta e uma avalancha de emoções, um corpo “monstruoso” e um ser de angelical pureza.
João Lopes, Diário de Notícias



VICKY CRISTINA BARCELONA > Woody Allen
com Scarlett Johansson, Penélope Cruz, Javier Bardem, Rebecca Hall
Globo de Ouro Melhor Filmes Comédia Festival de Cannes 2008
PENÉLOPE Cruz > Nomeação Oscar Melhor Actriz

Scarlett Johansson, pela terceira vez num filme de Woody Allen. O resultado é brilhante, como sempre. [...] O filme desenvolve as habituais complicações sentimentais das personagens de Allen, e como habitualmente a personagem masculina (Bardem) circula entre três mulheres, numa deriva inconstante e desorientada. Penélope Cruz leva a palma a todas, com uma soberba composição.
Manuel Cintra Ferreira, Expresso






Outros Nomeados aos Oscares








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