É já esta noite de domingo que ficaremos a conhecer os vencedores dos Óscares, os mais mediáticos e cobiçados galardões do cinema, no culminar desta temporada de prémios.
À cabeça das nomeações, com 13 (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actor...), O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON, de David Fincher, uma «imensa e fascinante parábola sobre a América do século XX.» (João Lopes, DN); com 10 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora...), SLUMDOG MILLIONAIRE/QUEM QUER SER BILIONÁRIO ?, de Danny Boyle, o fenómeno cinematográfico do momento, e que «nesta temporada de prémios foi o melhor filme para nove júris (fora festivais), entre os quais os do Globo de Ouro e os BAFTA»; com 8 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actor Principal, Actor Secundário...), MILK, de Gus Van Sant, a América dos seventies (e a América de hoje), através da biografia de Harvey Milk; com 5 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actriz...), O LEITOR/THE READER, de Stephen Daldry, «uma história que abalou o mundo»; com 1 Nomeação, a de Melhor Actriz para a brilhante Anne Hathaway, O CASAMENTO DE RACHEL/RACHEL GETTING MARRIED, de Jonathan Demme, «uma das proezas mais ousadas e fascinantes do recente cinema americano» (João Lopes, DN); com 1 Nomeação, a de Melhor Actriz Secundária para Penélope Cruz (que já venceu nos BAFTA), VICKY CRISTINA BARCELONA, , de Woody Allen, um «filme brilhante» (MCF, Expresso), Globo de Ouro para Melhor Filme Comédia.
Retomando a dimensão mais experimental do seu trabalho, Jonathan Demme faz agora um filme que, sem vernizes revivalistas, se assume como um herdeiro directo das revoluções formais e técnicas do grande cinema americano dos anos 50/60, em particular o que se desenvolveu na comunidade novaiorquina, com John Cassavetes (1929-1989) como fundamental símbolo aglutinador. Trata-se de filmar as convulsões internas de uma família marcada pela tensão que se desenha (e regressa, ciclicamente) entre duas irmãs, Rachel (Rosemarie DeWitt) e Kym (Anne Hathaway): o casamento da primeira e a visita da segunda (a viver um prolongado e doloroso processo de desintoxicação) instalam um misto de euforia e angústia que leva todas as personagens a questionar as certezas que, tantas vezes, nem que seja por indiferença afectiva, dão como adquiridas. À maneira de vários títulos de Cassavetes (lembremos apenas o genial Faces, de 1968), Jonathan Demme cria um dispositivo em que o efeito de "reportagem" das câmaras vai a par de uma vibração dos actores capaz de gerar a sensação ambígua, sempre muito comovente, de assistirmos à vida "em estado nascente". E o paradoxo é este: recuperando modelos com várias décadas, O Casamento de Rachel é uma das proezas mais ousadas e fascinantes do recente cinema americano.
João Lopes, Diário de Notícias
MILK > Gus Van Sant
com Sean Penn, Josh Brolin
8 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actor, Argumento...)
Este retrato de Harvey (Milk) tem o valor de um testemunho sobre um pedaço da história da América. Ou seja, tal como se passa também com o retrato de Bob Dylan feito por Todd Haynes em “I’m Not There”, o que temos em “Milk” é a biografia não de uma vida mas de um tempo. [...] Mais próximo de um sentido de justiça social e alheio às malhas do poder, Harvey tem o dom da palavra e a capacidade de arrastar multidões à sua volta. Gus van Sant dá-nos a visão de um homem que, sem ser especialmente brilhante ou talhado para a política, transforma a sua inocência em mais-valia e a sua diferença sexual minoritária em causa social, cívica e além-fronteiras, até chegar ao êxito merecido.
[...] “Milk” é um triunfo estrondoso a todos os níveis.
Francisco Ferreira, Expresso
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À cabeça das nomeações, com 13 (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actor...), O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON, de David Fincher, uma «imensa e fascinante parábola sobre a América do século XX.» (João Lopes, DN); com 10 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora...), SLUMDOG MILLIONAIRE/QUEM QUER SER BILIONÁRIO ?, de Danny Boyle, o fenómeno cinematográfico do momento, e que «nesta temporada de prémios foi o melhor filme para nove júris (fora festivais), entre os quais os do Globo de Ouro e os BAFTA»; com 8 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actor Principal, Actor Secundário...), MILK, de Gus Van Sant, a América dos seventies (e a América de hoje), através da biografia de Harvey Milk; com 5 Nomeações (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Actriz...), O LEITOR/THE READER, de Stephen Daldry, «uma história que abalou o mundo»; com 1 Nomeação, a de Melhor Actriz para a brilhante Anne Hathaway, O CASAMENTO DE RACHEL/RACHEL GETTING MARRIED, de Jonathan Demme, «uma das proezas mais ousadas e fascinantes do recente cinema americano» (João Lopes, DN); com 1 Nomeação, a de Melhor Actriz Secundária para Penélope Cruz (que já venceu nos BAFTA), VICKY CRISTINA BARCELONA, , de Woody Allen, um «filme brilhante» (MCF, Expresso), Globo de Ouro para Melhor Filme Comédia.
O LEITOR / THE READER > Stephen Daldry
com Kate Winslet, Ralph Fiennes, Lena Olin, David Cross
5 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actriz...)
GLOBO DE OURO Melhor Actriz Kate Winslet
BAFTA Melhor Actriz Kate Winslet
Esta é uma história que abalou o mundo. Publicado em 1995, o romance O Leitor, de Bernhard Schlink, relançou algumas perturbantes questões sobre a II Guerra Mundial, o extermínio dos judeus pelos nazis e a memória colectiva da Alemanha. Ao abordar a paixão de Hanna Schmitz, que foi guarda do campo de concentração de Auschwitz, e Michael Berg, um jovem estudante de Direito, Schlink propõe um dramático ziguezague temporal: entre a década de 50 e os últimos anos do século XX, são os traumas da história da Alemanha (e da Europa) que regressam através de uma intriga que tem também dimensão de tragédia amorosa.
A adaptação cinematográfica, dirigida por Stephen Daldry (realizador de Billy Elliot e As Horas) prolonga o efeito do livro (que, aliás, se tornou referência obrigatória dos estudos universitários sobre o Holocausto).
João Lopes, Diário de Notícias
com Kate Winslet, Ralph Fiennes, Lena Olin, David Cross
5 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actriz...)
GLOBO DE OURO Melhor Actriz Kate Winslet
BAFTA Melhor Actriz Kate Winslet
Esta é uma história que abalou o mundo. Publicado em 1995, o romance O Leitor, de Bernhard Schlink, relançou algumas perturbantes questões sobre a II Guerra Mundial, o extermínio dos judeus pelos nazis e a memória colectiva da Alemanha. Ao abordar a paixão de Hanna Schmitz, que foi guarda do campo de concentração de Auschwitz, e Michael Berg, um jovem estudante de Direito, Schlink propõe um dramático ziguezague temporal: entre a década de 50 e os últimos anos do século XX, são os traumas da história da Alemanha (e da Europa) que regressam através de uma intriga que tem também dimensão de tragédia amorosa.
A adaptação cinematográfica, dirigida por Stephen Daldry (realizador de Billy Elliot e As Horas) prolonga o efeito do livro (que, aliás, se tornou referência obrigatória dos estudos universitários sobre o Holocausto).
João Lopes, Diário de Notícias
O CASAMENTO DE RACHEL / RACHEL GETTING MARRIED - Brevemente
> Jonathan Demme
com Anne Hathaway, Debra Winger
FESTIVAL DE VENEZA 2008 > Selecção Oficial em Competição
Anne Hathaway Nomeada para o Oscar de Melhor Actriz
com Anne Hathaway, Debra Winger
FESTIVAL DE VENEZA 2008 > Selecção Oficial em Competição
Anne Hathaway Nomeada para o Oscar de Melhor Actriz
Retomando a dimensão mais experimental do seu trabalho, Jonathan Demme faz agora um filme que, sem vernizes revivalistas, se assume como um herdeiro directo das revoluções formais e técnicas do grande cinema americano dos anos 50/60, em particular o que se desenvolveu na comunidade novaiorquina, com John Cassavetes (1929-1989) como fundamental símbolo aglutinador. Trata-se de filmar as convulsões internas de uma família marcada pela tensão que se desenha (e regressa, ciclicamente) entre duas irmãs, Rachel (Rosemarie DeWitt) e Kym (Anne Hathaway): o casamento da primeira e a visita da segunda (a viver um prolongado e doloroso processo de desintoxicação) instalam um misto de euforia e angústia que leva todas as personagens a questionar as certezas que, tantas vezes, nem que seja por indiferença afectiva, dão como adquiridas. À maneira de vários títulos de Cassavetes (lembremos apenas o genial Faces, de 1968), Jonathan Demme cria um dispositivo em que o efeito de "reportagem" das câmaras vai a par de uma vibração dos actores capaz de gerar a sensação ambígua, sempre muito comovente, de assistirmos à vida "em estado nascente". E o paradoxo é este: recuperando modelos com várias décadas, O Casamento de Rachel é uma das proezas mais ousadas e fascinantes do recente cinema americano.
João Lopes, Diário de Notícias
Jonatham Demme talvez seja uma das personagens mais singulares do cinema americano. [...] O Casamento de Rachel une, de uma forma perfeita, os dois géneros, ficção e documentário, tanto naquilo que conta como na forma como o faz. Isto é, trata-se de uma abordagem realista dos acontecimentos ficcionados, tratada como se fosse uma reportagem real.
Manuel Cintra Ferreira, Expresso
A frescura, a verdade, o experimentalismo [...] o que está no écran é miraculosamente intenso.
Jorge Leitão Ramos Expresso
QUEM QUER SER BILIONÁRIO ? / SLUMDOG MILLIONAIRE> Danny Boyle
com Dev Patel, Anil Kapoor, Freida Pinto
10 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original...)
4 GLOBOS DE OURO (Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original)
Directors Guild of America > Prémio Melhor Realizador
Writers Guild of America > Prémio Melhor Argumento Adaptado
7 BAFTAS (Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original...)
Qual é a principal motivação de Jamal? À medida que avança no jogo [Quem Quer Ser Milionário ?], verificamos que o miúdo não aspira ao prémio em dinheiro, mas antes porque acredita que Latika, com quem perdeu o contacto há uns anos, poderá estar a assistir ao concurso. O filme resume-se a uma bela história de amor adolescente e o seu mérito está em transpor com tanta emoção uma trama tão simples e singela. A câmara movimenta-se em todos os ângulos, mostrando-nos igualmente uma Índia multifacetada e desconhecida de milhões de espectadores. A banda sonora de A.R. Rahman é simplesmente deliciosa, colando-se com exactidão a cada uma das cenas e criando ambientes musicais adequados às situações. […] Talvez […] Quem Quer Ser Bilionário ? seja o melhor filme de Boyle, o melhor filme do ano e um excelente remédio contra a crise.
José Vieira Mendes, Première
Uma fábula moderna, com uma crença inabalável de que, por mais negra que seja a realidade, há sempre uma luz ao fundo do túnel, que torna os sonhos possíveis para quem não desistir de lutar por eles.
Luís Salvado, Time Out
com Dev Patel, Anil Kapoor, Freida Pinto
10 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original...)
4 GLOBOS DE OURO (Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original)
Directors Guild of America > Prémio Melhor Realizador
Writers Guild of America > Prémio Melhor Argumento Adaptado
7 BAFTAS (Melhor Filme, Realizador, Argumento, Banda Sonora Original...)
Qual é a principal motivação de Jamal? À medida que avança no jogo [Quem Quer Ser Milionário ?], verificamos que o miúdo não aspira ao prémio em dinheiro, mas antes porque acredita que Latika, com quem perdeu o contacto há uns anos, poderá estar a assistir ao concurso. O filme resume-se a uma bela história de amor adolescente e o seu mérito está em transpor com tanta emoção uma trama tão simples e singela. A câmara movimenta-se em todos os ângulos, mostrando-nos igualmente uma Índia multifacetada e desconhecida de milhões de espectadores. A banda sonora de A.R. Rahman é simplesmente deliciosa, colando-se com exactidão a cada uma das cenas e criando ambientes musicais adequados às situações. […] Talvez […] Quem Quer Ser Bilionário ? seja o melhor filme de Boyle, o melhor filme do ano e um excelente remédio contra a crise.
José Vieira Mendes, Première
Uma fábula moderna, com uma crença inabalável de que, por mais negra que seja a realidade, há sempre uma luz ao fundo do túnel, que torna os sonhos possíveis para quem não desistir de lutar por eles.
Luís Salvado, Time Out
MILK > Gus Van Sant
com Sean Penn, Josh Brolin
8 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actor, Argumento...)
Este retrato de Harvey (Milk) tem o valor de um testemunho sobre um pedaço da história da América. Ou seja, tal como se passa também com o retrato de Bob Dylan feito por Todd Haynes em “I’m Not There”, o que temos em “Milk” é a biografia não de uma vida mas de um tempo. [...] Mais próximo de um sentido de justiça social e alheio às malhas do poder, Harvey tem o dom da palavra e a capacidade de arrastar multidões à sua volta. Gus van Sant dá-nos a visão de um homem que, sem ser especialmente brilhante ou talhado para a política, transforma a sua inocência em mais-valia e a sua diferença sexual minoritária em causa social, cívica e além-fronteiras, até chegar ao êxito merecido.
[...] “Milk” é um triunfo estrondoso a todos os níveis.
Francisco Ferreira, Expresso
O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON / THE CURIOUS CASE OF BENJAMIN BUTTON > David Fincher
com Brad Pitt, Cate Blanchet, Tilda Swinton
13 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actor, Argumento...)
Tudo se passa como se a existência humana fosse, ela própria, uma trajectória sem sentido que a resuma ou harmonize. O mais paradoxal de tudo isto é que Fincher consiga transformar este conto de poético absurdo numa imensa e fascinante parábola sobre a América do século XX. Daí que, no papel de Button, o extraordinário Brad Pitt seja uma marioneta e uma avalancha de emoções, um corpo “monstruoso” e um ser de angelical pureza.
João Lopes, Diário de Notícias
com Brad Pitt, Cate Blanchet, Tilda Swinton
13 NOMEAÇÕES OSCARS (incl Melhor Filme, Realizador, Actor, Argumento...)
Tudo se passa como se a existência humana fosse, ela própria, uma trajectória sem sentido que a resuma ou harmonize. O mais paradoxal de tudo isto é que Fincher consiga transformar este conto de poético absurdo numa imensa e fascinante parábola sobre a América do século XX. Daí que, no papel de Button, o extraordinário Brad Pitt seja uma marioneta e uma avalancha de emoções, um corpo “monstruoso” e um ser de angelical pureza.
João Lopes, Diário de Notícias
VICKY CRISTINA BARCELONA > Woody Allen
com Scarlett Johansson, Penélope Cruz, Javier Bardem, Rebecca Hall
Globo de Ouro Melhor Filmes Comédia Festival de Cannes 2008
PENÉLOPE Cruz > Nomeação Oscar Melhor Actriz
Scarlett Johansson, pela terceira vez num filme de Woody Allen. O resultado é brilhante, como sempre. [...] O filme desenvolve as habituais complicações sentimentais das personagens de Allen, e como habitualmente a personagem masculina (Bardem) circula entre três mulheres, numa deriva inconstante e desorientada. Penélope Cruz leva a palma a todas, com uma soberba composição.
Manuel Cintra Ferreira, Expresso
Outros Nomeados aos Oscares
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