Título original:”Death Defying Acts”
género: Drama
Realização Gillian Armstrong
intérpretes Catherine Zeta-Jones, Guy Pearce, Timothy Spall
Sinopse Arrasado pela morte da mãe, o famoso mágico Harry Houdini aproveita uma de suas turnês para lançar um desafio: está disposto a dar um prêmio de dez mil dólares a quem lhe fornecer uma prova definitiva da existência de vida após a morte. Para tanto, bola um plano que considera à prova de falcatruas: será o vencedor aquele que adivinhar as últimas palavras de sua falecida mãe, ouvidas apenas por ele próprio. Mary McGarvie é uma sedutora médium de araque que, junto com a filha Benji, está disposta a tentar enganar o maior dos ilusionistas com seus encantos.
O filme se utiliza parcialmente da vida real de Harry Houdini para criar seu roteiro. Os dados biográficos sobre a infância pobre do mágico, bem como sobre sua incrível resistência pulmonar e sua habilidade com cadeados e correntes são verdadeiros. Aliás, foi justamente por essas particularidades que ele ficou tão famoso. Tanto que até hoje ninguém conseguiu desvendar seus truques por completo, mesmo tendo ele deixado boa parte de seus segredos registrados em um livro.
A trama é ambientada em 1926, mesmo ano da morte de Houdini, então com 52 anos. A primeira coisa a chamar atenção é que, mesmo com aquela peruca esquisita, o ator Guy Pearce parece ter no máximo quarenta. Sua atuação é sem vida e burocrática, como se tivesse feito o filme apenas para embolsar um dinheirinho extra. Aliás, desde Amnésia o sujeito não faz um filme decente. Já sua partner Catherine Zeta-Jones está, mais uma vez, fazendo o papel de mulher bonita. E só. O único sopro de vida no elenco – que ainda conta com um apático Timothy Spall – é a garotinha Saoirse Ronan. Revelada no papel da menina ciumenta que detona toda a trama de Desejo e Reparação – o que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de atriz coadjuvante –, Saoirse demonstra uma segurança em cena de fazer inveja a muito ator adulto.
No geral, Atos que Desafiam a Morte é um filme previsível e chato. Não se decide a enveredar por nenhum dos caminhos que insinua e se arrasta superficialmente por todos. E olha que o que não faltam são temas abordados: desde a questão da ética da profissão de ilusionista até o debate sobre vida após a morte, passando pelo romance entre Houdini e a aparentemente fictícia Mary McGarvie, todas as situações são jogadas na trama apenas de passagem. O filme não se propõe a ser uma biografia de Houdini, mas tampouco abraça com liberdade o terreno da ficção – como faz, por exemplo, Shakespeare Apaixonado.
A diretora Gillian Armstrong tem como trabalho mais famoso o drama familiar Adoráveis Mulheres, de 1994. Depois disso, realizou o bom Oscar e Lucinda e o ruinzinho Charlotte Gray. E para piorar a situação de Atos que Desafiam a Morte, não podemos nos esquecer de que o tema ilusionismo foi abordado recentemente em dois outros filmes: O Ilusionista e O Grande Truque. Embora nenhum dos dois chegue a ser um primor, são muito superiores.
género: Drama
Realização Gillian Armstrong
intérpretes Catherine Zeta-Jones, Guy Pearce, Timothy Spall
Sinopse Arrasado pela morte da mãe, o famoso mágico Harry Houdini aproveita uma de suas turnês para lançar um desafio: está disposto a dar um prêmio de dez mil dólares a quem lhe fornecer uma prova definitiva da existência de vida após a morte. Para tanto, bola um plano que considera à prova de falcatruas: será o vencedor aquele que adivinhar as últimas palavras de sua falecida mãe, ouvidas apenas por ele próprio. Mary McGarvie é uma sedutora médium de araque que, junto com a filha Benji, está disposta a tentar enganar o maior dos ilusionistas com seus encantos.
O filme se utiliza parcialmente da vida real de Harry Houdini para criar seu roteiro. Os dados biográficos sobre a infância pobre do mágico, bem como sobre sua incrível resistência pulmonar e sua habilidade com cadeados e correntes são verdadeiros. Aliás, foi justamente por essas particularidades que ele ficou tão famoso. Tanto que até hoje ninguém conseguiu desvendar seus truques por completo, mesmo tendo ele deixado boa parte de seus segredos registrados em um livro.
A trama é ambientada em 1926, mesmo ano da morte de Houdini, então com 52 anos. A primeira coisa a chamar atenção é que, mesmo com aquela peruca esquisita, o ator Guy Pearce parece ter no máximo quarenta. Sua atuação é sem vida e burocrática, como se tivesse feito o filme apenas para embolsar um dinheirinho extra. Aliás, desde Amnésia o sujeito não faz um filme decente. Já sua partner Catherine Zeta-Jones está, mais uma vez, fazendo o papel de mulher bonita. E só. O único sopro de vida no elenco – que ainda conta com um apático Timothy Spall – é a garotinha Saoirse Ronan. Revelada no papel da menina ciumenta que detona toda a trama de Desejo e Reparação – o que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de atriz coadjuvante –, Saoirse demonstra uma segurança em cena de fazer inveja a muito ator adulto.
No geral, Atos que Desafiam a Morte é um filme previsível e chato. Não se decide a enveredar por nenhum dos caminhos que insinua e se arrasta superficialmente por todos. E olha que o que não faltam são temas abordados: desde a questão da ética da profissão de ilusionista até o debate sobre vida após a morte, passando pelo romance entre Houdini e a aparentemente fictícia Mary McGarvie, todas as situações são jogadas na trama apenas de passagem. O filme não se propõe a ser uma biografia de Houdini, mas tampouco abraça com liberdade o terreno da ficção – como faz, por exemplo, Shakespeare Apaixonado.
A diretora Gillian Armstrong tem como trabalho mais famoso o drama familiar Adoráveis Mulheres, de 1994. Depois disso, realizou o bom Oscar e Lucinda e o ruinzinho Charlotte Gray. E para piorar a situação de Atos que Desafiam a Morte, não podemos nos esquecer de que o tema ilusionismo foi abordado recentemente em dois outros filmes: O Ilusionista e O Grande Truque. Embora nenhum dos dois chegue a ser um primor, são muito superiores.
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