Queimada Viva



Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo demorte. Tendo ficado grávida, um cunhado é encarregado de executar a sentença: regá-la comgasolina e chegar-lhe fogo. Terrivelmente queimada, Souad sobrevive por milagre. No hospital,para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassiná-la.Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aosseus, ainda arriscam a vida. Para o fazer, para contar ao mundo a barbaridade desta prática, ela corrediariamente sérios perigos, uma vez que o “atentado” à honra da sua família é um “crime” que aindanão prescreveu.Um testemunho comovente e aterrador, mas também um apelo contra o silêncio que cobre osofrimento e a morte de milhares de mulheres.O relato de um milagre.

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