O Livro dos Espíritos


O Livro dos Espíritos … é na verdade um óvulo de luz fecundado por Jesus, o Cristo, quando de sua promessa com relação ao Consolador.
Isso não quer dizer que ele foi concebido única e exclusivamente para atender as necessidades da humanidade do planeta Terra.
Considerando-se a eternidade do Criador, a imutabilidade de Suas leis, Seu trabalho e criação constante ao longo da infinitude do universo; somando-se a isto o fato afirmado por Jesus de que na Casa do Pai há muitas moradas, o Espiritismo é luz necessária á todos os povos do universo, que com certeza passaram pelos mesmos processos evolutivos aos quais estamos inseridos, nós humanos e terráqueos, significando plataforma de decolagem ao conhecimento mais profundo sobre a alma, ou seja, o espírito imortal criado por Deus para povoar o infinito, desenvolver-se moralmente e fazer crescer os jardins e pomares existenciais do universo…
Nos caminhos iniciais a sombra predomina em os ambientes primários de intelectualidade primata e espiritualidade pueril e grotesca.
Nos caminhos do meio, se esbatem luz e sombra na contenda entre o mal e o bem, demonstrando-nos que o sofrimento como causa imediata do materialismo cansa, esgota e esfalfa a alma em seus anseios de paz e harmonia.
Nos caminhos da frente onde a luz detém plenos poderes de amor e compreensão, germinando e fazendo florescer a fraternidade e a solidariedade na expontaneidade dos gestos e das relações, com certeza a compreensão, o conhecimento, as mudanças existenciais tem como base de expansão e crescimento essa cartilha filosófica, religiosa e científica, que o mestre Allan Kardec numa gestação pedagógica, num parto natural e de cócoras, trouxe á luz dos nossos dias, no leito das nossas necessidades.
Primogênito da luz maior, o Livro dos Espíritos, no berço da cidade luz, amparado pelo obstetra da filosofia transcedental, tendo como clinícos gerais os espíritos superiores, e como enfermeiros- instrumentistas e auxiliares de parto, os médiuns nos mais diversos hospitais da luz, nasce em meio aos homens, como filho unigênito da vontade Crística.
E como Jesus que saiu de sua terra natal pra despertar o mundo, o Espiritismo, por determinação do próprio Cristo, é tranladado para as terras do Cruzeiro, trazendo em o Livro dos Espíritos o silo de luz que vai engravidar a humanidade de amor e paz, de harmonia e respeito, de fraternidade e de amor ao próximo.
O Livro dos Espíritos também fecundado gerou outras luzes tão necessárias quanto, ramificações da compreensão do pensamento filosófico, científico e religioso.
O Livro dos Médiuns se fez a voz das relações imortais…
O Evangelho a cantata das transformações morais…
O Céu e o Inferno aula de consolo e aprendizado sobre penas e prazeres espirituais… nas pautas do presente visando as partituras do futuro…
E a Gênese é a fala da ciência do espírito que nos demonstra as razões das transformações genésicas necessárias aos nossos passos evolutivos…
Ademário da Silva – 16/out./2008
Soc. Esp. Facho de Luz e Caridade

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A Codificação Espírita Por José Herculano Pires…

«O Livro dos Espíritos» não é, porém, apenas, a pedra fundamental ou o marco inicial da nova codificação. Porque é o seu próprio delineamento, o seu núcleo central e ao mesmo tempo o arcabouço geral da doutrina.
Examinando-o, em relação às demais obras de Kardec, que completam a codificação, verificamos que todas essas obras partem do seu conteúdo. Podemos definir as várias zonas do texto correspondentes a cada uma delas.
Assim como, na Bíblia, há o núcleo central do Pentateuco, e no Evangelho o do ensino moral do Cristo, no «Livro dos Espíritos» podemos encontrar uma parte que se refere a ele mesmo, ao seu próprio conteúdo: é o constante dos Livros I e II, até o capítulo quinto.
Este núcleo representa, dentro da esquematização geral da codificação, que encontramos no livro, a parte que a ele corresponde. Quanto aos demais, verificamos o seguinte:
(1º) «O Livro dos Médiuns», sequência natural deste livro, que trata especialmente da parte experimental da doutrina, tem a sua fonte no Livro II, a partir do capítulo sexto até o final. Toda a matéria contida nessa parte é reorganizada e ampliada naquele livro, principalmente a referente ao capítulo nono: «Intervenção dos Espíritos no mundo corpóreo».
(2º) «O Evangelho segundo o Espiritismo» é uma decorrência natural do Livro III, em que são estudadas as leis morais, tratando-se especialmente da aplicação dos princípios da moral evangélica, bem como dos problemas religiosos da adoração, da prece e da prática da caridade. Nessa parte, o leitor encontrará, inclusive, as primeiras formas de «Instruções dos Espíritos», comuns aquele livro, com a transcrição de comunicações por extenso e assinadas, sobre questões evangélicas.
(3º) «O Céu e o Inferno» decorre do Livro IV, «Esperanças e Consolações», em que são estudadas os problemas referentes às penas e aos gozos terrenos e futuros, inclusive com a discussão do dogma das penas eternas e a análise de outros dogmas, como o da ressurreição da carne, e os dos paraíso, inferno e purgatório.
(4º) «A Gênese, os milagres e as predições», relaciona-se aos capítulos II, III e IV do Livro I, e capítulo IX, X e XI do Livro II, assim como as partes dos capítulos do Livro III que tratam dos problemas genésicos e da evolução física da terra. Por seu sentido amplo, que abrange ao mesmo tempo as questões da formação e do desenvolvimento do globo terreno, e as referentes a passagens evangélicas e escriturísticas, esse livro da codificação se ramifica de maneira mais difusa que os outros, na estrutura da obra-mater.
(5º) Os pequenos livros introdutórios ao estudo da doutrina, «O Principiante Espírita» e «O que é o Espiritismo», que não se incluem propriamente na codificação, também eles estão diretamente relacionados com «O Livro dos Espíritos», decorrendo da «Introdução» e dos «Prolegómenos».

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